Leonardo Valle
Uma websérie com cinco episódios apresenta iniciativas de agroecologia na Amazônia. “Da floresta à mesa” retrata projetos de agricultura familiar em atividade na região do Médio Solimões. As ações têm assessoria técnica do Programa de Manejo de Agroecossistemas do Instituto Mamirauá e financiamento do Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O primeiro episódio enfoca pesquisas que visam entender a agricultura migratória na região e como os agricultores fazem o manejo dessas áreas. Entre os projetos, está o “Monitoramento remoto da conversão de habitats florestais em agroecossistemas”, que faz parte de um longo programa que monitora, por imagens de satélite, áreas de conversão florestal que estão sendo utilizadas para esse fim. As avaliações desse processo, ao longo de 30 anos, revelou que 60% dos locais de plantio já eram áreas reutilizadas pelos agricultores, evitando a derrubada de floresta primária.
O segundo episódio aborda o uso do método Pastoreio Racional Voisin (PRV), que é a adoção de práticas que conciliam a conservação ambiental e eficiência produtiva. A divisão da área de pastagem em porções menores e a rotatividade do gado no terreno são iniciativas dessa metodologia.
O terceiro episódio é sobre a assessoria técnica ao manejo de abelhas sem-ferrão. O produtor pode utilizar de seus produtos – mel, pólen e própolis – e, simultaneamente, contribuir com a biodiversidade do planeta. Esses insetos realizam a polinização, serviço fundamental para o desenvolvimento das culturas agrícolas.
O quarto e quinto episódio serão destinados à experiência com a Casa de Polpas, instalada na Reserva Amanã, e as Casas de Farinha, na Floresta Nacional de Tefé.
A websérie tem direção de fotografia de Marcello Nicolato e Leonardo Lopes, produção de Eunice Venturi e João Cunha e edição de Bernardo Oliveira.
Com Ciclo Vivo
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Crédito da imagem: print da Websérie “Da floresta à mesa”
