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Marcelo Abud

Acupuntura, meditação, tai chi chuan, artes marciais, fitoterapia, auriculoterapia, entre outras modalidades terapêuticas, são algumas das 29 práticas integrativas e complementares de saúde oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antes mesmo de fazerem parte da saúde pública, a Lei nº 8.080, de 1990, já tratava dessas “ações destinadas a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social, como fatores determinantes e condicionantes da saúde”.

“Estas práticas começaram a ser recomendadas no Brasil na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986. A lei saiu em 90 e, em maio de 2006, o Ministério da Saúde aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS”, contextualiza o médico sanitarista e doutor em saúde pública pela USP, Emílio Telesi Júnior, durante entrevista concedida ao podcast do Instituto Claro. Hoje, ele responde pela coordenação da área técnica das práticas integrativas e complementares em saúde da atenção básica, na Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

Telesi afirma que, paulatinamente, essas terapias se tornaram uma realidade na rede de atenção à saúde pública em todo o país e defende que seu uso merece ser considerado em uma sociedade complexa que tem incorporado recursos tecnológicos cada vez mais sofisticados e dispendiosos. “Só nas farmácias da secretaria municipal de saúde de São Paulo, são distribuídos mais de 20 milhões de comprimidos por mês, somando ansiolíticos, antidepressivos e antinflamatórios. São quase 2 comprimidos por habitante, a cada mês, só na capital paulista”, reflete o médico.

Grupo de frequentadoras das práticas integrativas do SUS no Parque Jardim Felicidade (crédito: Marcelo Abud)

 

No podcast, além da análise sobre os benefícios da adoção das práticas integrativas e complementares de saúde, você acompanha depoimentos de um grupo que frequenta o Parque Jardim Felicidade, na zona noroeste de São Paulo, em busca de atividades como a dança circular e artes marciais. É o caso da vendedora aposentada Marlene Ribeiro, de 65 anos. “Indo no posto fazer vacinação das crianças, eu descobri a dança circular. Eu estava com um problema de coluna sério e condenada à cadeira de rodas. Há dez anos, comecei a praticar e hoje eu estou ativa”, celebra.

“Além destas práticas serem altamente eficazes, fazem com que usemos muito menos medicação e procedimentos invasivos, já que se destinam à prevenção e promoção de saúde”, conclui Telesi.

Emílio Telesi durante entrevista ao portal Instituto Claro (crédito: Daniel Grecco)

 

Créditos:
“Renascer” (versão de Altay Velloso), com Zizi Possi; “Onde Deus possa me ouvir”, com Vander Lee; “Peixe vivo” (canção folclórica); “Leve e suave”, com Lenine; “El condor passa”, com Leo Rojas; e “Anima” (Zé Renato e Milton Nascimento), com Boca Livre. A música de fundo é composta e interpretada por Reynaldo Bessa.

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