As emissões de gases de efeito estufa subiram 8,9% de 2015 para 2016, o que representa o nível mais alto desde 2008 e a maior elevação vista desde 2004. O crescimento ocorre em meio à pior recessão da história do Brasil, com um tombo acumulado de 7,4 pontos no PIB (Produto Interno Bruto), em 2015 e 2016. O Brasil se torna, assim, a única grande economia do mundo a aumentar a poluição sem gerar riqueza para sua sociedade. Tudo isso, de acordo com dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), divulgados pelo Observatório do Clima no final de 2017.

Para entender de que forma o desmatamento desempenha papel crucial neste quadro e quais são os outros fatores que contribuem para o aumento de gases de efeito estufa, o Instituto Claro ouviu o jornalista e ambientalista André Trigueiro.

No áudio, Trigueiro alerta que a diminuição dessa poluição está ligada à proteção das florestas, ao combate a queimadas e à valorização da agricultura de baixo carbono, mas para isso é preciso que haja políticas públicas. Ele ainda comenta o compromisso assumido pelo Brasil na conferência de Paris, de diminuir as emissões em 37% até 2025 (em relação aos níveis de 2005) e aponta o que cada um pode fazer para ajudar na diminuição dos gases de efeito estufa, como, por exemplo, utilizar apenas etanol como combustível para os automóveis. “A gente ainda tem na atmosfera CO2 da primeira frota de calhambeque da história”, alerta.

Créditos:
As músicas utilizadas na edição do áudio, por ordem de entrada, são: Sobradinho (Sá & Guarabyra), Xote ecológico (Luiz Gonzaga e Aguinaldo), O Sal da Terra (Beto Guedes e Ronaldo Bastos), Tocando em frente (Almir Sater e Renato Teixeira). Os BGs (músicas de fundo) são executados por Reynaldo Bessa. Foto: divulgação