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O sociólogo Jessé Souza tem se dedicado ao longo dos anos a analisar temas historicamente presentes na sociedade brasileira. Sua visão original sobre assuntos como a herança da escravidão no Brasil, a construção da cidadania no país, o papel da inteligência brasileira na formação de um discurso hegemônico e a função da elite para a legitimação de narrativas na sociedade fazem parte de suas publicações mais recentes.

Em seu último livro, “A Classe Média no Espelho”, o pesquisador coloca o holofote sobre a classe média. Segundo ele, a ideia de meritocracia é um dos conceitos centrais para a construção da identidade dessa camada social. “Defino o conceito de meritocracia como a principal justificativa que a sociedade moderna tem para [dar] às pessoas que estão sendo oprimidas”, avalia. De acordo com Souza, essa ideia torna invisível os processos de construção de privilégios na sociedade e os apresenta como mérito individual. Para ajudar na sua afirmação, ele cita o sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), para quem os ricos e felizes não se contentavam em ser ricos e felizes, mas precisavam da produção de uma narrativa que enfatizasse o seu direito aos privilégios.

Na entrevista, Souza fala sobre a sua interpretação do que é a meritocracia, faz uma análise sobre como ela foi assimilada pela sociedade brasileira e avalia o que seria necessário para que o país pudesse ser considerado mais justo.

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