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A liberação da comercialização e do uso de agrotóxicos no Brasil vem aumentando de forma expressiva. Nos primeiros cem dias de 2019, mais de 150 novos produtos foram liberados para venda no mercado nacional, de acordo com levantamento do Greenpeace. Para a professora de geografia da Universidade de São Paulo (USP) Larissa Bombardi, o grande número de aprovações revela o peso que o setor agroexportador tem.

Também, ela atribui o aumento de casos de intoxicação por agrotóxicos no país às leis mais brandas, o que leva ao uso indiscriminado de produtos. “Não restringimos muito na hora de aceitar produtos que são proibidos em outros lugares, como, por exemplo, na União Europeia”, comenta.

Um dos argumentos utilizados para defender o uso dos defensivos seria o aumento da produtividade agrícola e, com isso, a diminuição da fome. Mas “temos experiências com agroecologia ou com agricultura biodinâmica que mostram, muitas vezes, maiores números de produção do que a chamada agricultura convencional, que usa fertilizante químico”, afirma ela. “Pensar numa outra agricultura envolve pensar em um pacto diferente de nação.”

No vídeo, a pesquisadora explica como funciona a liberação dos agrotóxicos no país, fala sobre as consequências para a saúde pública e para o meio ambiente e comenta como conciliar produção agrícola e preservação ambiental.

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