A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) listou sete maneiras de ajudar meninas refugiadas a frequentarem a escola nos países de acolhimento. Segundo a instituição, o objetivo é beneficiar, a longo prazo, as futuras gerações de famílias que precisaram abandonar seus locais de origem. Confira!

1. As escolas devem ter espaço para as meninas

Crianças refugiadas em todo o mundo são afetadas pela escassez de vagas nas escolas, particularmente no nível secundário, em que a falta é mais evidente. Apoiar políticas que garantam acesso inclusivo e equitativo ajuda a corrigir esse desequilíbrio. Aumentar a capacidade das instituições de ensino beneficiará as meninas das comunidades locais, assim como outras crianças que saíram de seus países, trazendo vantagens de longo prazo para as futuras gerações em áreas que precisam de ajuda.

2. Nenhuma menina deve deixar de frequentar a escola por conta de uma jornada longa ou perigosa

Jovens refugiadas são mais vulneráveis e precisam de proteção contra assédio, agressão sexual e sequestro no caminho para a escola. Ações comunitárias para proteger essas crianças, com o apoio das autoridades locais, devem ser prioridade. A melhoria do transporte, como o fornecimento de ônibus exclusivos, é indicada. “Internatos femininos provaram ser bem-sucedidos em alguns ambientes, assim como albergues onde elas podem permanecer em segurança durante o período escolar”, acrescenta a entidade.

3. As escolas devem ser adaptadas às necessidades das meninas

Nenhuma menina deve perder aula por falta de produtos de higiene, acesso à água potável ou banheiros privados e seguros. Quando não há sanitários separados, elas são menos propensas a frequentar o colégio. As instituições de ensino precisam de apoio para fornecer essas instalações e itens como absorventes, papel e sabonete.

4. Não deve haver assédio moral ou violência de gênero nas escolas

Professores precisam de formação contínua para promover as melhores práticas e garantir que certos comportamentos que impedem meninas de irem à escola não aconteçam. Os professores estão na posição perfeita para promover ideias de igualdade de gênero e respeito mútuo entre crianças de ambos os sexos.

5. As famílias de refugiados precisam ser incentivadas a manter as meninas na escola

Se adultos que saíram de seus países são capazes de trabalhar e sustentar seu núcleo familiar, é mais provável que eles deixem seus filhos na escola. Reuniões frequentes entre responsáveis e professores podem ajudá-los a compreender seu papel na facilitação de uma educação eficaz.
O fornecimento de luz e energia sustentável para os lares de refugiados também permite que muitas meninas frequentem a escola, uma vez que elas podem fazer sua lição de casa ou acompanhar seus estudos após o anoitecer.

6. Os alunos refugiados precisam de mais professoras

Existe uma necessidade urgente de recrutar e formar mais professoras de dentro das comunidades de acolhimento e refugiadas. Meninas e meninos precisam de modelos femininos, mas as garotas em particular tendem a ser encorajadas e motivadas pela presença de uma mulher instruída na sala de aula.

7. Com um pouco de ajuda extra, as meninas podem ter sucesso

As atividades extracurriculares permitem que as meninas melhorem seu desempenho, impulsionem seus estudos e prosperem academicamente e emocionalmente, aumentando sua autoestima. Isso faz com que elas tenham a chance de um futuro melhor.

Crédito da imagem: verve231 – iStock

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