Conteúdos

– Esportes de rede divisória ou parede de rebote
– voleibol
– Esporte espetáculo

Objetivos

– Compreender a lógica interna dos esportes de rede divisória ou parede de rebote
– Desenvolver a relação com os componentes de jogo do voleibol
– Avançar coletivamente e individualmente no nível de jogo do voleibol

1ª Etapa: Compreensão para ensinar a jogar melhor

Proposta de trabalho:

Dentre os esportes mais populares no Brasil esta o voleibol. Por isso, a fim de ampliar o conhecimento sobre esse tipo de esporte, utilizaremos o voleibol como principal veículo para esse trabalho. Outros esportes podem se enquadrar nesse segmento de aulas, como por exemplo o tênis, badminton, squash, biribol, entre outros. Cabe ao(a) professor(a) definir se mais algum desses esportes serão apresentados nesse momento e com qual objetivo, a fim de que os estudantes conheçam, experimentem ou pratiquem em maior período de tempo.

Para iniciar uma unidade didática é importante que o(a) professor(a) faça um diagnóstico dos problemas que a turma apresenta em relação ao conteúdo. Esses problemas podem ser de ordem técnica ou tática, compreensão de regra, funções dentro do jogo, relacionamento entre as pessoas, etc. Uma vez identificado os problemas, é interessante adaptar as unidades didáticas a fim de superá-los.

Quando iniciamos o ensino de jogos e esportes coletivos, é interessante elaborar as atividades práticas para que se aproximem ao máximo de uma situação de jogo real, ultrapassando exercícios analíticos de simples toque de bola, por exemplo. Entretanto, existem etapas de compreensão de jogo que vão de um nível menos complexo para mais complexo. Dessa forma, identificar o nível de relação no jogo de cada participante é essencial para designar quais atividades serão escolhidas para trabalhar a dimensão procedimental de determinado conteúdo.

Retomaremos nesse plano a ideia que Julio Garganta (1998) apresentou sobre as relações estabelecidas dentro de um jogo esportivo coletivo, apresentadas de forma resumida na tabela a seguir:

Relação Direcionamento
da atenção
EU – BOLA Familiarização com a bola e seu controle
EU – BOLA – ALVO Foco na finalização; objetivo do jogo
EU – BOLA – ADVERSÁRIO Situação 1×1; conquista e conservação da posse da
bola; buscar a finalização
EU – BOLA – COLEGA(S) – ADVERSÁRIO(S) Situação 2×2, 3×3 ao jogo formal; todos os anteriores
mais a comunicação com colega e contracomunicação com adversário

Tabela 1 – Relações estabelecidas em Jogos Esportivos Coletivos (GARGANTA, 1998, p. 19).

Dessa forma, relembramos também que, ao fazer um diagnóstico de uma turma que irá entrar em contato com o aprendizado de algum esporte coletivo, é importante ter em mente quais as relações que devem estar consolidadas antes de iniciar qualquer atividade, a fim de que as etapas de aprendizagem posteriores sejam facilitadas. É comum que os estudantes encontrem dificuldades na relação EU-BOLA, sendo essa o primeiro nível de complexidade dentre as relações possíveis em um esporte coletivo. Na relação EU-BOLA, o participante se preocupa unicamente em dominar o controle da bola ou de um implemento similar, o que não condiz com a realidade de um jogo completo, pois haverá um alvo, colegas e adversários. Reservar um tempo para trabalhar unicamente essa relação pode ser de grande valor para quem está iniciando a prática de algum esporte coletivo.

Nos esportes de rede divisória ou parede de rebote, a relação eu-bola chega a ser mais delicada porque a manipulação da bola ou implemento similar é feita através do rebote, o que exige um nível de consciência corporal mais aprimorado do que agarrar e conduzir, por exemplo. Além disso, em alguns esportes, para fazer o rebote é necessário manipulação de outro instrumento, como uma raquete.

2ª Etapa: Dimensão conceitual

Sugerimos, que no primeiro momento de cada aula, faça-se uma roda de conversa para discutir pontos importantes sobre o conteúdo. É importante retomar os conceitos de esporte, esportes coletivos e descobrir em conjunto o conceito de esportes de rede divisória ou parede de rebote. Sugerimos que a posição do(a) professor(a) seja de questionador(a), a fim de instigar a fala dos educandos, tanto para fazer um diagnóstico de como o conteúdo está sendo assimilado, como para construir através do diálogo os novos conhecimentos a respeito dessa parcela da cultura corporal, articulando com a realidade sociocultural na qual a turma está inserida.

Vale relembrar que esportes com rede divisória ou parede de rebote são modalidades nas quais o objetivo principal é lançar, bater ou arremessar a bola ou objeto de mesma função para a quadra adversária sobre uma rede, ou rebatendo contra uma parede. Essa maneira de atravessar a bola ou o objeto, deve dificultar a interceptação da defesa do adversário e fazer com que a bola ou o objeto toque o chão para que o ponto seja computado (GONZÁLEZ e BRACHT, 2012).

Sugestões de questões disparadoras:

– O que são esportes de rede divisória ou parede de rebote?
– Alguém pode dar exemplos de quais seriam esses esportes?
– O que eles têm em comum?
– Qual é o objetivo desses jogos? Como alcanço esse objetivo dentro do jogo?
– Vocês costumam encontrar esses esportes no cotidiano?
– Vocês conhecem a história do voleibol? (Saiba mais sobre a história do voleibol)
– Alguém já praticou? Quais foram as dificuldades? E as facilidades? Vocês gostaram ou gostariam de praticar?

3ª Etapa: Dimensão procedimental

Os assuntos trabalhados em cada dimensão podem aparecer em uma mesma aula ou serem divididos. Cabe ao(a) professor(a) avaliar o desenvolvimento dos temas, a fim de estruturar melhor a continuidade de acordo com a facilidade da turma em assimilar as informações, assim como as necessidades e os potencias de cada classe. Ao sugerirmos as atividades procedimentais, foram apontadas para cada uma qual seria o objetivo principal a ser trabalhado durante o desenvolvimento.

A sugestão é que o tema seja desenvolvido utilizando de oito a dez aulas, ficando a critério do(a) professor(a) as atividades a serem trabalhadas. Nesse plano de aulas, as atividades são apresentadas em sequência definida pelo nível de complexidade em relação às demandas dos jogos e a tomada de consciência sobre o jogo, além de como cada pessoa pode se apresentar a fim de alcançar uma prática mais fluida.

Pega-pega caranguejo: os participantes irão jogar pega-pega, mais conhecido como Pacman, pois só pode se movimentar em cima das linhas das quadras, porém, correndo de lado. Aqui, a ideia é que se familiarizem com o deslocamento lateral, muito utilizado no voleibol. Objetivo: espera-se que os participantes aqueçam o corpo rapidamente e tenham contato com a posição e deslocamento de pernas, equivalente ao momento da recepção do voleibol.

Roda a roda: a turma será separada em grupos de seis a oito integrantes. Dispostos em roda, tendo cada pessoa uma bola em mãos, é dado um comando para lançarem a bola acima da cabeça, a fim de que caia no mesmo lugar do qual saiu. Porém, quem irá recepcionar essa bola será o colega do lado, pois, enquanto a bola está no ar, todos deverão dar um passo para o mesmo lado, a tempo de receber a bola que o colega lançou. Objetivo: trabalhar a relação com a bola, o tempo de bola e a atenção.

Saque 

 1ª variação: na quadra, dispostos transversalmente, os participantes serão divididos em duplas ou quartetos, metade em cada lado da quadra, irão realizar o posicionamento do corpo na técnica do saque do voleibol – com as pernas separadas, uma fica flexionada a frente, fazendo a transposição de peso para a perna de trás. Na devolução de peso do corpo para frente, os alunos terão que apenas empurrar a bola para o colega que estará na sua frente, quem recepciona, segura a bola e faz o mesmo movimento. Essa ação será repetida várias vezes.

2ª variação: o exercício permanecerá o mesmo, porém, dessa vez, ao invés de empurrar a bola, o participante terá que realizar a batida na bola (saque completo por baixo, com a mão aberta ou fechada), o restante da atividade continua o mesmo.

3ª variação: igual a segunda, porém, agora usando a quadra longitudinalmente para que os participantes possam perceber e dosar a força necessária para fazer a bola transpor a rede. Objetivo: trabalhar o movimento de saque e a relação eu-bola.

Recepção 

1ª variação: será realizada em quartetos, cada dupla de um lado da quadra, os estudantes serão dispostos transversalmente, uma pessoa lança a bola para a outra que estará do outro lado da quadra (importante lembrar que o arremesso pode ser feito sem rebatida, minimizando o erro e aumentando a chance dos alunos de recepcionarem a bola), quem for recepcionar terá que fazer uma manchete ou toque e segurar a bola para si, passando, assim, a ser sua vez de lançar a bola para a pessoa do outro lado da quadra. Após o lançamento, o jogador deverá se posicionar atrás da pessoa que está em sua fila, do mesmo lado da quadra.

2ª variação: praticamente a mesma atividade, porém, na hora de recepcionar a bola, o toque ou manchete terá que ser dirigida a um colega que estará a sua frente. Esse, deverá pegar a bola e lançar para o colega que está na fila do outro lado da quadra e dirigir-se para o final dela.

3ª variação: igual à primeira variação, porém, os participantes serão dispostos longitudinalmente na quadra.

4ª variação: igual à segunda variação, porém, dessa vez, dispostos longitudinalmente na quadra. Objetivo: trabalhar a relação eu-bola-alvo e a percepção gradativa de tempo de bola, a fim de poder recepcioná-la da forma mais eficiente possível.

Saque e recepção: dividir a quadra em duas quadras menores, no sentido longitudinal, metade da turma de cada lado. Uma pessoa deverá sacar a bola para a recepção do colega, essa recepção terá que ser direcionada para a rede, a cada dois acertos troca-se de função. Objetivo: focar na relação eu-bola-alvo-colega, trabalhar saque e recepção no contexto mais póximo ao jogo completo. Ao passar ou sacar a bola, os participantes terão que intercalar entre rebater ou segurar com uma das mãos, a fim de garantir maior êxito na execução.

Troca: dividir os participantes em duplas e organizá-las, em fila, uma de frente para a outra, para que possam efetuar uma linha de troca de passes constante. O movimento de passe será realizado para o parceiro à frente e, imediatamente, o lugar será dado ao próximo da fila para que rebata a bola devolvida. É importante ceder o lugar rapidamente para que a troca de passes seja efetuada mantendo a bola no ar. Objetivo: foco na relação eu-bola-colega. Trabalhar linha de passe e atenção na movimentação.

Saque e defesa: formar dois grupos e separá-los em defesa e ataque, cada grupo formará três filas atrás das linhas de fundo da quadra de vôlei. O grupo do ataque treinará a técnica do saque, lançando a bola para o outro lado da quadra, uma pessoa por vez, devendo retornar à fila para sacar novamente. Enquanto isso, separados em trios, o grupo da defesa tem como objetivo recepcionar (manchete) a bola sacada e passar para o outro lado da quadra, utilizando movimento de passe ou até cortada. Retornando à fila após a jogada. Passado determinado tempo, as funções serão trocadas (ataque e defesa). Objetivo: trabalhar a relação eu-bola-alvo-colega e aprofundar a consciência e atenção nos momentos de saque e recepção.

Câmbio: similar ao jogo de vôlei, porém, ao invés de ser rebatida, a bola é agarrada e arremessada com as mãos. Objetivo: trabalhar as relações eu-bola-alvo-colega-adversário. Vivenciar uma situação completa de jogo, com o facilitador de segurar a bola, permitindo maior tempo para as pessoas compreenderem o jogo, suas funções e estratégias, além de minimizar o erro, promovendo motivação individual e coletiva.

Defesa do quadrado: o espaço da quadra de vôlei será dividido em quatro, formando dois quadrantes de um lado da rede e dois de outro. Cada quadrante terá uma equipe formada por três pessoas. Acontecerá um jogo de vôlei normal, tendo que passar a bola pela rede, porém, cada equipe joga por si. Dessa forma, uma equipe só pontua quando a bola lançada passar para alguma outra equipe do outro lado da rede e atingir o chão. Quando uma equipe finalizar em sete pontos, as equipes trocam de lugar, saindo uma do jogo e entrando outra que estava fora. Objetivo: trabalhar as relações eu-bola-alvo-colega-adversário. Vivenciar o voleibol em uma situação de jogo reduzido.

Big Brother: a turma é dividida em duas equipes que irão jogar contra. Joga-se uma partida normal, porém, quem errar, sai do jogo e aguarda o fim da partida realizando um exercício de troca de passes entre si. O jogo acontece até ficar uma pessoa contra outra, uma de cada lado da quadra, o jogo termina quando uma vencer a outra. Conforme os participantes forem saindo, pode-se equilibrar as equipes mudando as pessoas de time, assim, os grupos ficarão com número igual ou, no máximo, a diferença será de um participante a mais. Objetivo: trabalhar a relação eu-bola-alvo-colega-adversário. Vivenciar o voleibol em uma situação de jogo semelhante à completa.

50 pontos: a turma é distribuída em equipes compostas por seis integrantes. Cada grupo pode dar até cinco toques na bola antes de passar para o outro lado, visando pontuar. O número de toques que a equipe der antes de passar será equivalente à quantidade de pontos que ela computará, caso a bola toque o chão. Para ganhar o jogo, uma equipe deve chegar exatamente a 50 pontos, caso passe dessa pontuação, retornará para o placar de 30 pontos computados e terá que buscar os exatos 50 pontos mais uma vez. Objetivo: trabalhar a relação eu-bola-alvo-colega-adversário. Vivenciar o voleibol em uma situação de jogo semelhante à completa, tendo a oportunidade de trocar mais passes e, assim, ter mais calma para pensar a estratégia de jogo, além de mais chances, caso errem o toque de bola.

Rei/Rainha da quadra: a turma será dividida em trios. Começa com um trio sendo o rei ou a rainha da quadra, posicionado do lado direito da rede. Os de mais trios irão ficar em fila do lado esquerdo da quadra. Um trio entra, joga com o rei/a rainha, quem fizer o ponto permanece na quadra sendo o rei/a rainha e, o trio que perdeu esse ponto, vai para o final da fila e espera chegar sua vez novamente. Objetivo: trabalhar as relações eu-bola-alvo-colega-adversário. Vivenciar o voleibol em uma situação de jogo reduzido.

Além desses jogos, há também o jogo tradicional e completo de vôlei, no formato 6×6, que pode ser experimentado ao longo das aulas em que será trabalhado o tema.

4ª Etapa: Dimensão atitudinal

Para trabalhar a dimensão atitudinal são feitas intervenções que refletem sobre a cultura que envolve determinada prática, quais valores éticos e morais devem ser trabalhados nas aulas de Educação Física. Nesse sentido, a preocupação está em formar cidadãos que entendam seus direitos e deveres, com o intuito de desenvolverem-se na sociedade democrática na qual estão inseridos, através de uma participação ativa. Para atingir esses objetivos, o(a) professor(a) poderá trabalhar em cima de valores como igualdade, liberdade e solidariedade; questionar atitudes preconceituosas e intolerantes; proporcionar atividades construtivas de cooperação e compreensão com os limites de cada indivíduo; condicionar uma prática segura, saber aceitar as críticas de alunos, colegas e de mais funcionários, entre outros (GONZÁLEZ e BRACHT, 2012). É importante ter um olhar sensível sobre as situações problemas que possam surgir, pois é comum que nessas situações alguns temas se destaquem, dando abertura para seu tratamento em aula.

No universo dos esportes, especificamente em relação ao vôlei, sugerimos levantar a discussão a respeito do prestígio, incentivo e investimento em práticas esportivas. De início, para trabalhar essa temática, pode-se pedir aos estudantes que pesquisem informações sobre as seleções brasileiras de vôlei feminina e masculina. Sobre jogadores e jogadoras importantes, títulos, patrocinadores, financiamento, empresários, etc.

Em outro momento, os estudantes apresentarão essas informações em uma roda de conversa para que dialoguem entre si sobre o que encontraram. Após a primeira discussão, provavelmente, a turma irá perceber que nossas seleções possuem muitos títulos, além de jogadores e jogadoras reconhecidos(as) mundialmente (fazendo alusão ao reconhecimento do Neymar no futebol, por exemplo), etc. Entretanto, apesar de todos esses feitos, ainda é uma modalidade que fica aquém do futebol, quando comparamos visibilidade, prestígio e investimento, fato que podemos observar pelas transmissões feitas na televisão de partidas de vôlei, pelos salários dos(as) profissionais envolvidos, pelo número de patrocínio, etc. Mesmo assim, o vôlei ainda recebe certo reconhecimento quando comparamos ainda com outras modalidades, como o atletismo ou o futebol feminino.

A partir daí, pode-se questionar por que tanto reconhecimento para poucos e quase nada para outros? Quais valores estão envolvidos? Quem, de fato, sai ganhando e quem sai perdendo? Qual o papel das mídias nesse esquema? Como isso influencia nossa vida e a nossa relação com os diferentes elementos da cultura corporal? Nas referências, foi sugerido um texto para auxiliar nessa discussão.

A intenção é tomar consciência das diversas formas que o consumismo chega até nós, que a organização social, cultural e econômica nos leva a olhar para as coisas de forma a naturalizá-las. Entretanto, em discussões como essas, buscamos ampliar nossa consciência para essas relações, para que, ao depararmos com situações em que precisamos nos posicionar ou fazer escolhas, tenhamos uma base crítica para fazê-las, caminhando sempre na direção da autonomia e no cuidado consigo, com o outro e com o mundo.

Materiais Relacionados

1) Esse plano de aula faz parte de uma sequência pedagógica. Para saber mais acesse: “Classificação dos Esportes”.

2) Recomenda-se que o(a) professor(a) acesse algum material preliminar para conhecer um pouco mais sobre o ensino dos esportes coletivos. Indica-se como leitura os seguintes textos:

– GONZÁLEZ, F. J.; BRACHT, V. Metodologia do ensino dos esportes coletivos. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2012.
– GARGANTA, J. O ensino dos jogos desportivos. Porto, 1998.

3) Para auxiliar na discussão sobre esporte espetáculo, sugere-se o seguinte artigo: RODRIGUES, E. F. Esporte Espetáculo e Sociedade: estudos preliminares sobre sua influência no âmbito escolar. Conexões, Campinas, v. 1, n. 1, p. 55-68, 2003.

Local da aula: quadra

Material utilizado: bolas de voleibol, cones, coletes, giz ou outro instrumento para demarcar espaços.

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