Mariana Assis
Segundo o relatório “Violência, Bullying e Repercussões na Saúde: resultados do Projeto São Paulo para o desenvolvimento social de crianças e adolescentes (SP-Proso)”, 28,7% dos alunos de escolas privadas e públicas de São Paulo relataram ter sofrido bullying no último ano e 22,7% afirmaram ter sido vítimas de violência. Além disso, 15% cometeram bullying enquanto 19% disseram ter cometido violência.
O estudo divulgado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e redigido pela equipe de pesquisa do SP-Proso contou com a participação de 2.702 alunos, em 119 escolas, do 9º ano do ensino fundamental.
Para compreender a vida escolar dos adolescentes, o documento destacou três pontos principais. No primeiro, atesta-se que casos de bullying e violência entre jovens não são eventos raros. Em segundo lugar, que eles acontecem em razão de causas identificáveis. E, por último, que podem ser evitados.
Os pesquisadores indicam, ainda, que relações positivas entre pais e filhos como também o envolvimento parental refletem em menor prevalência de bullying e violência, tanto para vitimização como para perpetração. O bullying praticado por meio de violência física foi o menos realizado (3,7%), já o “psicológico verbal” (ofensas, sarros e risos) foi predominante (17,5%).
Veja também:
Lidar com aluno que pratica o bullying exige mais do que uma única intervenção
Confira 8 links que ajudam o professor a abordar o bullying em sala de aula
Bullying: 11 livros sobre essa prática do ponto de vista dos jovens
Jogos cooperativos são recurso para enfrentar o bullying nas aulas de educação física
Relatório da Unesco aborda situação mundial do bullying e da violência escolar
Crédito da imagem: Ridofranz – iStock