Foi disponibilizado gratuitamente o livro “Diálogos Críticos: BNCC, educação, crise e luta de classes em pauta”, organizado pelos pesquisadores Antonio Marcos da Conceição Uchoa e Ivânia Paula Freitas de Souza Sena. A publicação sintetiza as discussões promovidas pelo grupo Articulação Interterritorial para Fortalecimento da Educação do Campo no Semiárido, que reúne docentes e discentes de instituições diversas do Nordeste.
“O objetivo é fornecer elementos para que as redes de ensino, universidades e movimentos, ampliem suas reflexões a partir de questões que não estão explicitadas nos textos oficiais que respaldam a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e todas as outras ‘reformas’ que ocorrem simultaneamente, no campo da educação no país”, explica a professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Ivânia Paula Freitas de Souza Sena, no prólogo.
O livro defende que a escola deve garantir aos sujeitos o acesso ao conhecimento historicamente acumulado de forma crítica, atual e contextualizada. “A ausência da diversidade na proposta da BNCC, bem como, o rompimento com as diretrizes legais que asseguram o currículo articulado aos saberes tradicionais de indígenas, quilombolas, trabalhadores jovens e adultos, nos convocaram a nos posicionarmos diante desse contexto”, acrescenta a organizadora.
Compõem o grupo Articulação Interterritorial para Fortalecimento da Educação do Campo no Semiárido as instituições: Uneb; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano; Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); as câmaras de educação dos Colegiados Territoriais do Piemonte Norte do Itapicuru e do Sertão do São Francisco e professores da educação básica.
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