De acordo com o IBGE, metade das crianças brasileiras (47,8%), entre 5 e 9 anos, são obesas ou estão com sobrepeso. Com base nesses dados, as escolas estão assumindo um papel fundamental para ajudar na reeducação alimentar de crianças e adolescentes.

Em São Paulo, a Secretaria da Educação iniciou um mapeamento para traçar o perfil nutricional de alunos da rede. Inicialmente em 128 escolas, da capital e da Região Metropolitana do Estado, professores de educação física vão aferir o peso, altura e medir a circunferência abdominal de 13 mil estudantes. “Nosso objetivo é conhecer o perfil nutricional das escolas, controlar o nível de obesidade e conscientizar sobre a alimentação de forma correta”, explica Andreia Regina Ignacio dos Santos, do Centro de Supervisão e Controle do Programa de Alimentação Escolar (Cepae).

De acordo com a nutricionista Tatiane Goularte, para manter uma alimentação saudável entre os pequenos, pensando em futuros adultos saudáveis, é preciso incentivar e educar corretamente desde cedo. “É importante levar em consideração o paladar de cada um e fornecer alimentos ‘customizado’ para consumo. Por exemplo, crianças e adolescentes gostam da parte visual do alimento, então vale apostar na criatividade e preparar cada refeição da forma mais atrativa possível” completa a nutricionista.

Na Secretaria da Educação de Minas Gerais eles atuam a parceria é com a Secretaria da Saúde para capacitar cantineiras, professores e diretores de escolas. “Nas formações levamos em consideração não só os nutrientes, mas a parte higiênica e sanitária, o prazo de validade e estoque dos alimentos”, conta Valéria Monteiro de Jesus, coordenadora do programa de alimentação escolar de Minas.

A formação é segmentada de acordo com o público. “Com os diretores abordamos formas de planejar e comprar os alimentos, com as cantineiras falamos de como lavar e preservar o alimento e até as formas de servir. Já para os professores, oferecemos conteúdos que possam servir para a sala de aula” completa Valéria.

Algumas escolas apostam em projetos que envolvam os alunos, para que o tema faça cada vez mais parte da rotina deles. Em Lorena (SP), a Escola Municipal Pe. João Renaudin de Ranville, junto aos estudantes do Ensino Fundamental II, desenvolve o projeto Alimentação Saudável, um estudo que integra disciplinas como Ciências, Matemática, Geografia e o uso de recursos tecnológicos.

“A orientação escolar é essencial para a conscientização e ampliação dos conhecimentos dos alunos sobre a importância de uma alimentação saudável”, comenta Eloá Bonfim de Oliveira, da Escola Municipal Pe. João Renaudin de Ranville.

Cardápio
Nas escolas em geral a confecção do cardápio é feita levando em consideração as necessidades nutricionais de cada grupo alimentar (carboidratos, proteína e Lipídios), a faixa etária, a região e hábitos alimentares. “Os alimentos também são escolhidos de acordo com a época do seu cultivo, como forma de diversificar a refeição e reduzir os custos” completa a nutricionista Tatiane Goularte.

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