Quais são as fases que compõem a elaboração de uma vacina? Para explicar todos o processo, o canal TV USP, no YouTube, lançou o vídeo “Como se faz uma vacina”. A produção traz uma entrevista com o infectologista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Esper Kallas, usando como exemplo o processo para descobrir uma imunização eficiente para a dengue. Atualmente, há um estudo em curso no Brasil, do Instituto Butantã, na fase três.

“O conteúdo do vídeo é extremamente interessante para trabalhar com os estudantes. Ele pode ser usado numa abordagem tradicional de ensino, sendo assistido na sala de aula, com possível intervenção do professor e debate ao seu final”, sugere a professora de biologia e mestre, Nathalie Emanuelle P. Lousan.

“Também pode ser trabalhado em uma abordagem ativa, como no ensino híbrido modalidade ‘flipped classroom’. O aluno assistiria ao material sozinho em casa, e na sala de aula, realizaria alguma atividade sobre ele, sendo o professor mais um tutor e mentor do aprendizado”, complementa.

Segundo Lousan, a mensagem do vídeo dialoga com alguns conteúdos da disciplina no ensino médio, como morfologia e fisiologia do sistema imunológico; organismos geneticamente modificados; reprodução dos vírus e outros patógenos; história do uso da vacina no Brasil e, de forma interdisciplinar, com a revolta da vacina (história).

Teste de segurança

Para desenvolver uma vacina, são necessárias três fases. Na primeira, a substância é testada em poucas pessoas e sua segurança é avaliada. Em um segundo momento, aumenta-se o número de pessoas e analisa-se, também, sua eficiência imunológica. Na última fase, é testada a sua eficácia. “Você quer provar que ela realmente funciona”, descreve Kallas durante o vídeo.

A vacina contra a dengue foi desenvolvida pelo National Institute of Health, nos Estados Unidos, a partir da modificação genética do vírus. Após testes com quatro tipos de vírus separadamente, foi encontrada uma combinação ideal que abrangesse todos. A vacina americana precisa ser liquida e refrigerada em menos 70ºC. Contudo, uma parceria com o Instituto Butantã permite que ela seja armazenada em pó para, depois, ser reconstituída.

Na fase três, em curso no Brasil, estão sendo comparados os efeitos da vacina líquida com a liofilizada, sua eficiência em pessoas que já tiveram a doença no passado e se serão necessárias uma ou duas doses para garantir essa imunização.

Veja mais:
Plano de aula: HPV e a vacinação de adolescentes
Plano de aula: Sarampo: transmissão, sintomas, tratamento e prevenção
Plano de aula: Todos Contra a Dengue

Crédito da imagem: print do vídeo “Como se faz uma vacina”

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