“A tecnologia nunca deve ser utilizada para diminuir o papel da escola ou do professor, muito pelo contrário. Ela tem que ser usada pra gente poder valorizar esse espaço como algo muito importante para a sociedade”
(Lúcia Dellagnelo)
Efex é a sigla para Espaço de Formação e Experimentação em Tecnologias. Voltado a docentes das redes públicas, o espaço foi pensado para permitir a vivência em tecnologias educacionais. “O visitante desenvolve algo, testa para ver se funciona ou não e depois aperfeiçoa a partir do que aprende com os erros da sua prática”, diz a diretora-presidente do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) – idealizador do Efex -, Lúcia Dellagnelo.
O primeiro destes espaços foi inaugurado recentemente em Blumenau (SC), como resultado de parceria entre a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina (SED), a Universidade Regional de Blumenau (FURB), e o CIEB. As próximas unidades do Efex serão instaladas em Maceió (AL), em Arapiraca (AL) e Joinville (SC).
Dellagnelo discorda de quem argumenta que docentes resistem ao uso das inovações. “Ele simplesmente não foi capacitado, preparado para incorporar essa tecnologia no dia a dia de sua prática pedagógica. Então, nós temos de criar espaços onde o professor possa realmente experimentá-las e planejar, de forma autônoma, ser o protagonista da inserção dessas novidades na prática dele”.
O Instituto Claro ouviu também o diretor do Centro de Educação Profissional Hermann Hering, Osvaldo da Silva Sobrinho. Ele aproveitou a estrutura para gravar um vídeo e experimentar o sistema conhecido como chroma-key, que permite o recorte do fundo azul ou verde para a inserção de imagens atrás do apresentador. Sobrinho planeja a visita de um grupo de professores da escola a fim de se organizarem para a construção de uma impressora 3D.
Todo docente de rede pública de ensino pode participar das formações no Efex. Para isso, deve contatar a Secretaria de Educação responsável pelo espaço local, que gerenciará a divulgação e a oferta das formações.
Créditos:
As músicas utilizadas nesta reportagem, por ordem de entrada no áudio, são: “O Novo” (Reynaldo Bessa) e “Ears4D”. A foto destacada é de Aurea Lopes.