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Uma década após inaugurar o realismo brasileiro, em 1891, Machado de Assis publica “Quincas Borba”. Neste Livro Aberto, a professora de literatura do Cursinho da Poli, Eva Albuquerque, fala sobre o contexto, importância e atualidade dessa obra.

Apesar de ter começado escrevendo romances inspirados em José de Alencar, segundo a entrevistada, o autor se encaixa melhor no realismo, por causa de sua produção, que prima pela crítica – característica desse estilo literário.

A obra escrita em 3ª pessoa retoma a personagem Quincas Borba, que já havia exposto a Brás Cubas sua tese do Humanitismo em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, fazendo associação com algumas teorias que se desenvolveram naquele período, sobretudo o darwinismo.

De acordo com o crítico literário Roberto Schwarz, respeitado estudioso sobre Machado de Assis, “o Humanitismo em Quincas Borba é uma paródia às ideias evolucionistas da luta de todos contra todos, o que se torna um conceito problemático diante da realidade brasileira”.

Pessimismo, humor e ironia servem na narrativa para criar uma crônica do cotidiano das pessoas da alta sociedade. “Essa burguesia do Rio de Janeiro é movida por interesses e dinheiro, não valem amizades, não valem nada. Uma tribo, digamos assim, pereceu – Rubião – pra outra sobreviver”, explica Albuquerque.

Para Eva Albuquerque, produção do autor se encaixa melhor no realismo, por causa de seu teor crítico (crédito: assessoria/Cursinho da Poli)

 

Ainda no áudio, a professora traz um balanço dos aspectos mais relevantes para os vestibulares, levando em conta questões de exames anteriores que abordaram o tema.

Créditos:
As músicas utilizadas na edição do áudio, por ordem de entrada, são “Pecado Capital”, com Paulinho da Viola; e “O Vencedor” (Marcelo Camelo), com Los Hermanos. A música utilizada durante a leitura de um trecho do livro é “A Noite do Castelo”, de Carlos Gomes. A música de fundo é criada e tocada por Reynaldo Bessa.

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