A educação não deve focar apenas no aluno, mas na relação entre aluno e professor. Essa é a opinião do pedagogo e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luciano Meira, que foi um dos palestrantes da ACONTECE Educação, realizada no dia 31 de julho de 2015, em São Paulo (SP).

“A sala de aula é onde reside o foco entre as relações professor-aluno e onde o professor pode se transformar numa espécie de CEO, realizando atividades empreendedoras. Esse é um campo interessante de desenvolvimento de ideias inovadores em educação”, afirmou ele, que discursou sobre a relação entre educação, mercado de trabalho e empreendedorismo.

Uma das vantagens da sala de aula seria justamente possibilitar a implantação tanto de inovações simples quanto tecnológicas. “Muita gente me pergunta como usar smartphone em sala de aula e eu digo que não sei. Mas se me perguntarem como eu uso as ferramentas de geolocalização do smartphone para fazer uma aula sobre leitura de mapas e geografia, talvez eu possa ajudar”, diferenciou.

Outra dica para os professores é implementar inovações rápidas, com poucas semanas de duração, para mudar a arquitetura das aulas. “Por exemplo, o arranjo físico da sala de aula tem a ver com arranjo social e mudá-lo promove uma reengenharia da pedagogia que se está implementando”, afirmou. “Nos meus primeiros anos como professor, eu me obrigava a fica ruma aula inteira no final da sala e a não usar o quadro”, relembrou.  

Locais de inovação

Mais quais são os lugares onde podem surgir inovações em educação? A resposta seria todos aqueles em que os alunos frequentam. “Falamos muito sobre educação integral e sobre o lado de fora da escola. A gente não tem que construir os espaços, eles estão dados. Precisamos é permeá-los”, opinou Márcia Padilha, responsável pela Agência de Inovação do Singularidades.

 

Segundo ainda os palestrantes, projetos inovadores precisam angariar apoio para acontecerem, e empreendedores devem ter paciência na hora de lidar com o poder público. “Daqui há três meses a ideia de um projeto pode estar pronta. Contudo, negociar a contratação de um negócio na rede pública demora aproximadamente 18 meses”, descreveu Meira. “Essas pessoas, entretanto, são convencíveis. Você só precisa chegar com uma prática de convencimento bem argumentada”, orientou o pedagogo, que trabalha com videogames como instrumento de aprendizagem.

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