As eleições presidenciais de 2018 chamam a atenção pelo alto número de candidatos concorrentes ao pleito, e também pela pulverização dos votos do eleitorado, não mais centrados em uma disputa PT x PSDB, os dois partidos que historicamente polarizavam os debates políticos no Brasil.

Para saber mais sobre as propostas dos candidatos à presidência da República na área da educação, o Instituto Claro convidou cada um dos presidenciáveis para comentarem suas principais iniciativas, se forem eleitos. Além disso, compartilharem seus posicionamentos sobre cinco temas educacionais específicos: Plano Nacional de Educação (PNE); Emenda Constitucional 95/2016 (que congelou os investimentos em educação por 20 anos); reforma do ensino médio; projeto Escola Sem Partido e o debate sobre igualdade de gênero e orientação sexual na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O Instituto Claro entrou em contato com todos os candidatos. Por meio de representantes ou de assessoria de imprensa, responderam dez dos 13 presidenciáveis: Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), João Goulart Filho (PPL), José Maria Eymael (Democracia Cristã), Marina Silva (Rede Sustentabilidade) e Vera Lúcia (PSTU).

Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL), Álvaro Dias (Podemos) e João Amoedo (Partido Novo) não responderam até a data de fechamento da reportagem, informada no momento do convite. Os três presidenciáveis mencionados também não enviaram representantes tanto ao debate sobre eleições e educação organizado pela Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), em 6 de agosto, como à discussão viabilizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em 22 de agosto, ambos cobertos pela reportagem.

Para o eleitor ficar atento

Segundo o cientista social e professor do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Diógenes Pinheiro, o eleitor deve ficar atento nas propostas que priorizam a expansão da educação pública e as políticas de valorização da carreira docente.

Como a maioria dos elegíveis possui trajetória na política, o docente também recomenda ao eleitor pesquisar o que os presindeciáveis fizeram para a área em suas gestões anteriores. “Geralmente, eles investiram pouco em educação e trataram mal quem lutou por ela”, analisa.

Por fim, Pinheiro classifica, de maneira geral, as respostas dos políticos em campanha como “genéricas, mas que podem servir como bússola”. “É importante que, por mais bonita que a proposta seja, ela fale claramente sobre as despesas e tempo de gestão. Informações sobre ‘como fará?’ e ‘com quais recursos?’ são essenciais”, finaliza.

Conheça as propostas para a educação dos candidatos à presidência da República (listados e publicados em ordem alfabética):

Cabo Daciolo (Patriota)
Ciro Gomes (PDT)
Fernando Haddad (PT)
Geraldo Alckmin (PSDB)
Guilherme Boulos (PSOL)
Henrique Meirelles (MDB)
João Goulart Filho (PPL)
José Maria Eymael (Democracia Cristã)
Marina Silva (Rede Sustentabilidade)
Vera Lúcia (PSTU)

Crédito da imagem: TarikVision – iStock

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