O debate de ideias é um recurso pedagógico bastante utilizado em diferentes disciplinas do Ensino Médio. Contudo, para complementar o estudo do gênero jornalístico, a professora de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, (IFSP-Bragança Paulista), Maria Isabel Moniz, teve uma ideia diferente: utilizar com os alunos do 2º ano um exercício de mesa redonda.

“Numa mesa redonda, não necessariamente os integrantes têm pontos de vista opostos. Muitas vezes as suas falas são complementares. Ainda que a oposição seja possível, ela não é essencial para a realização da mesa. O importante é que, pelo diálogo, a mesa possa aprofundar um determinado tema”, destaca a professora. “Além disso, a mesa redonda promove o desenvolvimento da linguagem oral, que nem sempre é contemplada nos currículos e materiais didáticos do Ensino Médio. E oferece aos alunos a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos”, complementa.

Para os alunos, o primeiro passo foi estudar o que é uma mesa redonda e os contextos em que ela é realizada. Na sequência, decidiram – por votação – os temas que gostariam de discutir. Enquanto uma turma optou pela Reforma do Ensino Médio, corte de verbas e conflitos internacionais, a outra apostou em ética e ciência, conflitos internacionais e abuso de autoridade.

Para embasar seus pontos de vista, cada grupo de alunos procurou fontes de informações confiáveis sobre os temas propostos. Os alunos Wellington Martins Luiz e Camila Reis de Godoy, por exemplo, buscaram a professora de Biologia para entender melhor os parâmetros éticos na ciência. “Ela tirou muitas dúvidas e nos deu material para entender a fundo o tema, o que facilitou o nosso trabalho de argumentação”, revela.

Para Wellington, o diferencial da atividade foi justamente este caráter interdisciplinar. “A aula de Língua Portuguesa permitiu que eu usasse meu conhecimento em Biologia, Sociologia e de outras disciplinas para argumentar”, aponta.

Processo colaborativo
Ao contrário do que acontece nos debates, uma regra da atividade é que todos os alunos devem falar. “Isso foi importante pois, nos debates, observo que alguns alunos têm mais facilidade em tomar a palavra, não favorecendo a participação daqueles que são tímidos, por exemplo. Ficamos surpresos ao constatar que estudantes em geral pouco habituados à fala nessa atividade mostraram que tinham muito a dizer”, comemora a professora.

Para Maria Isabel, outro ganho foi estimular o respeito dos alunos ao ouvir opiniões divergentes. “Aprender a considerar de fato o que o outro está dizendo, refletir antes de dar uma resposta e discordar com respeito – tudo isso me parece muito necessário nos dias atuais e representa um longo caminho de aprendizagem”, opina.

A estudante Camila concorda. “Essas discussões são importantes para formar o aluno como cidadão pensante, para saber ouvir e discursar sobre qualquer tema”, afirma. “Depois da apresentação dos outros grupos, acabei construindo uma nova visão sobre muitos dos assuntos discutidos”, garante Wellington.

Para os alunos, o primeiro passo foi estudar o que é uma mesa redonda e os contextos em que ela é realizada. Na sequência, decidiram – por votação – os temas que gostariam de discutir. Enquanto uma turma optou pela Reforma do Ensino Médio, corte de verbas e conflitos internacionais, a outra apostou em ética e ciência, conflitos internacionais e abuso de autoridade.

Para embasar seus pontos de vista, cada grupo de alunos procurou fontes de informações confiáveis sobre os temas propostos. Os alunos Wellington Martins Luiz e Camila Reis de Godoy, por exemplo, buscaram a professora de Biologia para entender melhor os parâmetros éticos na ciência. “Ela tirou muitas dúvidas e nos deu material para entender a fundo o tema, o que facilitou o nosso trabalho de argumentação”, revela.

Para Wellington, o diferencial da atividade foi justamente este caráter interdisciplinar. “A aula de Língua Portuguesa permitiu que eu usasse meu conhecimento em Biologia, Sociologia e de outras disciplinas para argumentar”, aponta.

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