As Olimpíadas de 2020 têm como novidade a entrada do skate como modalidade oficial. As classificatórias para esse esporte começarão em 2019 e trazem como promessa a skatista Dora Varella. Com apenas 17 anos, a paulistana venceu o Mundial em Vans Girls, na Califórnia (EUA), e foi convidada pelo célebre skatista norte-americano Christian Hosoi para integrar seu time.

“Sempre tive skate de brinquedo quando criança. Com dez anos, estava andando no quintal quando meu pai teve a ideia de me levar à pista. Fomos lá e me diverti muito”, relembra. “Quis ir mais vezes e comecei a conhecer novas pistas. Assim, fui evoluindo, fazendo amigos e então comecei a participar de campeonatos”, relembra.

Para ela, as amizades e a possibilidade de conhecer novos lugares foram estímulos para se dedicar ao novo esporte. “Além disso, aquela sensação de andar e aprender manobras novas é muito boa”, garante.

“O skate me ensinou coisas que eu demoraria a vida inteira para aprender, como respeito e empatia”, conta a skatista Dora Varella

 

Agenda de estudo

Esportista consagrada, Varella precisa conciliar sua paixão com os estudos. “Sou aluna do ensino médio. Durante a semana, preciso organizar meu dia para conseguir estudar, andar de skate e fazer um preparo físico”, relata. “Com as viagens para campeonatos, perco algumas provas, que preciso repor assim que volto. Também estudo durante a viagem, no avião, onde der”.

Para ela, a prática esportiva possui algumas funções educativas. “Ela me ensinou coisas que eu demoraria a vida inteira para aprender, como respeito, empatia, a melhor forma de me comunicar e de me portar em diferentes situações”, conta. “O skate mostra que não há diferenças. Você vai para uma pista e anda com pessoas de cinco a 60 anos, homens e mulheres, de igual para igual. Todos que estão ali se respeitam”, analisa.

O esporte também lhe garantiu ensinamentos valiosos sobre resiliência. “Quando você está aprendendo uma manobra, tenta ela inúmeras vezes, muda sua forma de tentar, mas nunca desiste. A vontade de acertar é maior, e aquele acerto vale por todos os erros. Que nem devem ser chamados de erro, penso eu, mas de aprendizados”, reflete.

Por fim, competir em campeonatos internacionais permitiu que Dora entrasse em contato com inúmeras culturas. “Conheço pessoas de muitos países diferentes, seus cotidianos, aprendo um pouco da língua deles e troco experiências”, relata.

Esporte nas férias

Para os outros estudantes, Varella indica a prática como uma opção de lazer nas férias. Tanto para meninos como, é claro, para meninas. “O skate feminino está crescendo muito e as garotas estão vendo que não é uma modalidade masculina, como era antigamente. Se você gosta do que faz, não precisa se sentir tímida ou com medo do que os outros vão pensar”, recomenda.

Ela ainda orienta que os jovens busquem informações em canais sobre o esporte na internet e tirem suas dúvidas com outros skatistas. “Eles podem indicar as melhores peças para comprar, pistas de skate para treinar e tudo mais”, revela. “Por fim, recomendo sempre utilizar equipamentos de proteção. Eles são importantes pra evoluir sem se machucar”, ensina.

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Crédito das imagens: Tauana Sofia

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