Conteúdos

 Ecologia

Objetivos

Refletir sobre a participação dos cidadãos nos problemas gerais da comunidade (município, bairro);
Refletir sobre o que é participação política e seus desdobramentos possíveis;
Realizar exercícios de planejamento de projetos, com orçamento e fundamentação;
Conhecer as etapas do processo de produção audiovisual;
Pensar o audiovisual como uma entre muitas possibilidades de expressão política.
 
 

1ª Etapa: Atividades Complementares

Orçamento: Matemática

Após a confecção do roteiro e antes da filmagem, devem ser elencadas todas as necessidades para a produção: cenário, figurino, objetos de cena, fitas para a filmadora, alimentação dos atores, transporte, etc Todos os itens devem ser orçados para que se chegue a um custo total da produção. Mesmo que alguns itens sejam conseguidos facilmente com a colaboração da comunidade escolar, é importante que se faça o orçamento para que se saiba o custo total da produção.

 

Os alunos avaliarão quais os itens podem ser conseguidos com doação ou permuta (troca de objetos por propaganda do fornecedor). Caso algum item fundamental exija dinheiro, deverá ser redigido um requerimento de solicitação de verba, com a devida fundamentação, dirigida à direção da escola.  

 

Ecologia: Biologia, Física, Química, Geografia, temas transversais

Essas áreas podem se encontrar, ou trabalhar separadamente, em uma pesquisa sobre urbanização e saneamento básico. Dependendo da série e faixa etária, pode ser solicitada uma pesquisa sobre o Brasil, alguma região do país, município ou mesmo o bairro onde se situa a escola. Um estudo sobre o saneamento básico poderia apontar como foi o desenvolvimento urbano da região, a canalização do esgoto, o escoamento do lixo, a relação da comunidade com os problemas de saneamento, as doenças decorrentes da falta de saneamento, culminando na discussão sobre sustentabilidade e coleta seletiva de lixo.

 

Outros projetos: Cidadania

O filme de Jorge Furtado trata também de problemas que afetam a comunidade e a organização de mecanismos para resolvê-los, pelas vias legais. A tradição de governos autoritários em nossa história favoreceu uma visão comodista, em que esperamos um “super herói” que venha a resolver nossos problemas. Caso os professores prefiram, ao invés de um projeto de produção audiovisual, pode-se identificar algum problema vivido pela escola ou comunidade e realizar um projeto para solucioná-lo. Uma dica é o conhecimento do Plano Político Pedagógico da Escola (PPP,se for pública) ou algum programa da escola e buscar alternativas dentro da legislação vigente. Os passos que os personagens do filme dão para realizar o vídeo são equivalentes à realização de qualquer projeto político.

 

2ª Etapa: Apresentação e exibição do filme

O filme tem uma comunicação bem direta com o espectador, traz atores muito conhecidos, dispensando maiores explicações, a não ser a apresentação do diretor Jorge Furtado, da Casa de Cinema de Porto Alegre e do ano em que foi produzido (2007).

 

O filme tem duração de quase 2 horas, por isso, é preciso articular aulas dobradas e garantir um tempo para o debate, após a exibição. Caso isso não seja possível, garantir apenas o tempo da exibição e os professores, ao final, levantam alguns temas para os alunos refletirem e debaterem em outro momento.  Outra opção é a exibição e debate como sessão de cineclube, no contra turno das aulas. 

3ª Etapa: Debate

Se possível, vários professores devem participar do debate, para que se abra um leque nas abordagens, mas deve ser priorizada a fala dos estudantes. Após o debate é que devem ser expostas as atividades pedagógicas relacionadas ao filme. 

4ª Etapa: Produção Audiovisual – Língua Portuguesa e Arte

A proposta é que os alunos possam produzir, em grupo, um curta metragem. Os links indicados acima (sobre as etapas da produção audiovisual), podem servir de norteadores para a divisão de tarefas em um projeto coletivo. Os grupos podem ter de 8 a 12 participantes que se dividirão nas funções de roteiristas, diretores de arte, diretores gerais, diretores de fotografia, figurinistas, diretor musical, produtor executivo, etc. Atenção, professor: dependendo do grupo de alunos da classe, a sua intervenção é maior ou menor na formação dos grupos e na escolha das tarefas. Se houver problemas de relacionamento entre alunos, jovens com dificuldades específicas ou que sofrem rejeição da classe, é interessante a intervenção mais efetiva do professor na atribuição das tarefas. Nessas experiências, às vezes, um aluno introspectivo se revela um ótimo diretor, pois pode ser mais observador e ter a visão do todo. Algumas pessoas demonstram talento especial para figurino ou cenografia.

 

Tema e argumento: O tema é o assunto geral do filme. O argumento é a história básica que será expressada em formato audiovisual. Cada grupo escolherá o seu tema e argumento, após discussão coletiva. Os grupos devem apresentar a toda classe os argumentos escolhidos. A cada apresentação, os colegas da classe e o professor devem problematizar o argumento, fazendo questionamentos que auxiliem o grupo  a verificar possíveis inconsistências e amadurecer a ideia para o desenvolvimento do roteiro.

 

Produção coletiva: após a escolha do argumento é que o grupo dividirá as tarefas de cada participante, levando em conta as características individuais dos alunos. Esse processo coletivo é também um exercício de autoconhecimento e superação de problemas de relacionamento.

 

Roteiro: Em Saneamento Básico, o filme, algumas cenas mostram a dificuldade de se fazer um roteiro e as respectivas soluções. Trata-se de fazer um texto que se preocupe também com a imagem e a produção. Será um texto que “explicará” a partir do som e da imagem uma determinada história. Não é o mesmo que uma redação. O ideal é que o professor de português conduza a confecção do roteiro, ele pode contar com a participação de outro professor que tenha familiaridade com cinema e/ou teatro. 

 

Produção: Essa fase pode ser coordenada pelo (a) professor (a) de Arte, mas não necessariamente. Deve-se estabelecer um prazo para a produção (que pode ser simples): elaboração do figurino, cenário, iluminação, etc. Seria interessante que a própria comunidade escolar se mobilizasse para o fornecimento da infraestrutura necessária. Neste aspecto, o filme de Jorge Furtado também é bastante ilustrativo. 

 

Filmagens: Caso a escola não possua filmadora, é possível filmar com celulares, prática que a maioria dos alunos domina muito bem. As cenas serão montadas pelo diretor que deverá discutir com os atores a composição de seus personagens, sua atuação e a realização de cada cena (com o auxílio do professor de Arte).

 

Edição: a parte final é a edição e montagem que nem sempre é fácil de ser feita. É preciso enfatizar que não se trata de formar cineastas e, sim, um exercício de produção audiovisual. O processo é mais importante que o resultado. Os programas de edição podem ser escolhidos nos links indicados acima. Muitas vezes, há algum técnico na escola ou algum colaborador da comunidade escolar que possa auxiliar nessa fase, mas é importante que essa etapa não seja simplesmente terceirizada, mas aproveite a participação dos alunos.

 

5ª Etapa: Exibição dos curtas

Deve ser programada uma data especial para exibição dos resultados das produções audiovisuais. É importante que, antes de cada exibição, o grupo comente quais as facilidades/dificuldades encontradas e como foi o processo de produção coletiva. Mesmo que a exibição ocupe mais de uma aula, os comentários preliminares do grupo realizador e os comentários dos alunos receptores devem ser garantidos, para que a experiência fique caracterizada como processo educativo. 

Materiais Relacionados

Você conhecer um guia básico de produção audiovisual, você pode conferir o link: http://www.mnemocine.art.br/index.php?option=com_content&view=article&id=129:organizprod&catid=34:tecnica&Itemid=67
 
O portal Tela Brasil oferece oficinas virtuais de produção audiovisual, mostrando todas as etapas e funções de uma produção audiovisual. As oficinas estão disponíveis no site: http://www.telabr.com.br/oficinas-virtuais
 
Para conhecer melhor os programas que permitem edição de vídeo, você pode acessar o seguinte link: http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2011/12/16/conheca-dez-programas-para-fazer-edicao-de-videos.htm
 
O filme Saneamento Básico, o filme é uma realização da Casa de Cinema de Porto Alegre, formada por um grupo de cineastas e técnicos que se profissionalizaram a partir de curtas metragens. As políticas culturais da cidade, nos anos 1980, incentivaram a realização de curtas metragens, o que resultou em grandes filmes brasileiros. Conheça mais sobre o diretor Jorge Furtado, outros diretores e a Casa de Cinema de Porto Alegre no site:  http://www.casacinepoa.com.br/
 
O filme se passa no estado do Rio Grande do Sul, foi filmado na cidade de Bento Gonçalves e, embora a maior parte dos atores não seja de lá, a cultura gaúcha está muito presente no filme. Por alguns anos, a prefeitura da cidade de Porto Alegre inovou criando a gestão de orçamento participativo. Saiba mais sobre a participação da comunidade na gestão da cidade e Cidades Sustentáveis no link: http://www.cidadessustentaveis.org.br/boas_praticas
Sobre urbanização e saneamento básico, você pode acessar o link: http://educacao.uol.com.br/geografia/saneamento-basico.jhtm

 

Arquivos anexados

  1. Cinema e Educação: Saneamento Básico, o filme

Tags relacionadas

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Receba NossasNovidades

Receba NossasNovidades

Assine gratuitamente a nossa newsletter e receba todas as novidades sobre os projetos e ações do Instituto Claro.