Conteúdos

Gênero Poesia

A poesia de Manoel de Barros
Bioma Pantana
 

Objetivos

Conhecer a poesia de Manoel de Barros; 

Produzir poemas tendo a obra de Manoel de Barros como inspiração;
Estudar as características do Pantanal brasileiro;
 

1ª Etapa: Exibição do Filme

Professor, conheça os links sugeridos, antes de iniciar esta sequência.

 

Para introduzir a exibição do filme, o professor pode contar brevemente quem foi Manoel de Barros, situando-o na literatura brasileira. Escolher dois ou três poemas do autor, ler para a classe e apontar algumas de suas características, para que os alunos possam fruir melhor o filme. 

 

2ª Etapa: Debate após o filme:

Após a exibição, o professor conversará com os alunos, resgatando suas impressões e refletindo sobre os temas tratados. Pode começar perguntando o que é a poesia para Manoel de Barros, e a partir dessa pergunta ir relembrando as falas do documentário. Sua relação com a infância, com a natureza, com os objetos do mundo… É importante conversar, também, sobre a forma do filme, as imagens por este capturadas, e como elas conversam com a obra de Manoel. Como são as imagens que o cineasta explora? Como elas se relacionam com a poesia em questão? (Comentar, por exemplo, as manchas da parede que vão se transformando em desenhos).

3ª Etapa: Atividades

Literatura: O que é poesia?

 

Esta pergunta, que é proibida de ser feita, ao mesmo tempo em que nunca deixa de ecoar, aparece de diferentes formas tanto na poesia de Manoel de Barros como no documentário sobre sua obra. É a pergunta que parece estar escondida em qualquer provocação poética. O professor de literatura pode apresentar diferentes poemas e retomar a questão. 

 

Na sequência, o professor exibirá novamente o fragmento em que esta questão aparece mais explicitamente, pedindo que os alunos anotem as ideias mais importantes (7’30 – 10’).  De que tipo de inutilidade Manoel de Barros está falando? Comentar, também, a ideia da poesia como uma “artesania com palavras”. O que significa trabalhar com as palavras? A atividade pode ser finalizada com um convite a uma breve criação poética por parte dos alunos.

 

Em seguida, irá selecionar alguns poemas de Manoel de Barros para trabalhar sua ideia de poesia a partir dos próprios textos. Apenas como sugestão apontamos “Entrada” (prefácio às obras completas), “Poeminhas pescados numa fala de João”, “Exercícios de ser criança”, “Experimentando a manhã dos galos”. O professor pode escolher outros, de sua preferência.

 

No poema escolhido, há palavras desconhecidas? Se sim, buscar no dicionário, e caso não existam, conversar entre todos quais seriam seus possíveis significados.  Há rima? Os versos têm uma métrica regular ou são livres? Que efeito de leitura isso provoca? Qual é o tipo de linguagem que o poeta utiliza: formal, informal, “elevada”, cotidiana?

 

Depois do trabalho com a forma do texto, será o momento de refletir sobre o conteúdo do poema em si, perguntando-se sobre a ideia de poesia de Manoel de Barros. Por que faz poesias com frases de seu filho pequeno? Qual a relação entre poesia e infância? A poesia, segundo Manoel, serve para descrever o mundo?

 

Após o exercício de análise dos poemas, o professor pedirá que cada aluno escreva um pequeno poema baseado em sua vida cotidiana, tentando observar aspectos do mundo que costumam passar desapercebidos. O exercício pode estar dividido em duas etapas: em um primeiro momento, como lição de casa, cada um deverá andar com um pequeno caderno e anotar as coisas do mundo que chamam a sua atenção, das mais grandiosas às mais pequeninas; Na aula seguinte, essas impressões serão compartilhadas com a turma, e cada aluno escolherá alguma dessas impressões para compor um pequeno poema, resgatando a ideia da “artesania com palavras”: explorar as palavras a partir dos seus sons, de seus significados, sem se preocupar com a lógica. O professor deverá estar atento às diferentes criações, apontando qualidades e possibilidades. Pode dar sugestões e apontar caminhos possíveis, mas deixando que façam seus primeiros descobrimentos poéticos com liberdade.

 

Geografia Brasileira: Menino do Mato – Manoel de Barros e o Pantanal

 

Na literatura brasileira contemporânea, Manoel de Barros está para o Pantanal como Guimarães Rosa está para o Sertão. Reinventa em palavra poética um dos biomas brasileiros mais importantes, situado no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O professor de geografia poderá trabalhar com seus alunos as características do pantanal a partir da obra de Manoel de Barros e do documentário visto.

 

Primeiramente, poderá perguntar aos alunos quais características notam tanto da natureza como da sociedade no documentário: vegetação, animais, casas, modo de vida, etc. Exibir, então, o filme entre os minutos 49 e 52, em que se fala claramente do Pantanal, ainda que o poeta esclareça que não faz poesia de “paisagem”, que não está preocupado em retratar o pantanal. No entanto, esse é o ambiente onde viveu, e inevitavelmente –até pela importância da natureza em sua poesia – ele aparece em sua obra.

 

A partir desse fragmento, e de trechos poéticos, estudar as características do Pantanal. Sugerimos o livro Menino do Mato, especialmente os poemas V e VI. “Desde o começo do mundo água e chão se amam/ e se entram amorosamente/ e se fecundam”. Neste começo do poema, Manoel fala ao mesmo tempo do mito de criação e da realidade do Pantanal, em que a água abunda, gerando uma biodiversidade única.

 

O professor pode, portanto, ler esses poemas com seus alunos, identificando os aspectos do meio ambiente que aparecem: bichos, formas de vida, clima, etc., sem esquecer que se trata de um texto poético. Em seguida, trabalhará detalhadamente as características do Pantanal e a importância deste bioma para o Brasil e para o mundo.

 

Materiais Relacionados

1. O documentário pode ser visto integralmente no seguinte link

 
2. Conheça o site sobre o filme, com informações sobre a obra de Manoel de Barros e sobre a produção
 
3. Saiba mais sobre Manoel de Barros
 
4. Leia uma seleção de poemas de Manoel de Barros
 
5. Leia uma pequena matéria sobre o poeta
 
 
 
8. Leia uma entrevista com um estudioso do autor, sobre sua poética
 
Só dez por cento é mentira – a desbiografia oficial de Manoel de Barros


Sinopse: 
 
Só dez por cento é mentira é uma “desbiografia” de Manoel de Barros. Através de imagens cuidadosamente captadas, a obra mergulha na poética do autor, entrevistando Manoel, familiares, amigos e admiradores de sua poesia. É, mais do que um registro, uma leitura, uma interpretação, uma transversão dos versos do poeta sulmatogrossense, transformando palavra em cinema. 
 
Ficha técnica:  Título: Só dez por cento é mentira.  Duração: 81 min. Direção: Pedro Cezar   Roteiro: Pedro Cezar Elenco : Manoel de Barros, Bianca Ramoneda, Joel Pizzini, Jaime Lebovitcht, Paulo Giannini, Abílio de Barros, Palmiro, Viviane Mosé; Narração: Pedro Cezar Classificação: Livre   Ano/Pais de Produção:  2008/ Brasil  Montagem: Júlio Adler e Pedro Cezar Direção de Arte: Márcio Paes Música: Marcos Kuzka;
 

Arquivos anexados

  1. Só dez por cento é mentira

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