Sonhos e livros Diário Oficial da Cidade do Rio de Janeiro de 01/03/11: 16 bibliotecas passam da Secretaria Municipal ea Cultura para a Secretaria Municipal de Educação(SME). Coração batendo apressado. Esperança! Começo a recordar minha trajetória de vida: meu primeiro emprego, em 1985, na Biblioteca Infantil Manoel Lino Costa.

Era uma jovem normalista, leitora voraz! Soube da Biblioteca e fui conhecer. O espaço, lindo e aconchegante, me serve de referencial até hoje: acervo seleto, estantes baixas, tapete, almofadas, cortinas coloridas, fantoches… Um convite à fantasia! Muito brilho nos olhos da coordenadora Marina Martinez! Eventos onde a criança e o livro eram os protagonistas! Pura animação e alegria: fui contaminada! Aprendi muito com as parcerias de instituições como a Escolinha de Artes do Brasil, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, entre outras e com jovens tão sonhadoras como eu! Fui para a SME, em 1988. Levei na minha sacola muito do que aprendi na BIMLC.

O Livro passou a ser o meu mais eficaz instrumento de trabalho e virou meu parceiro no dia a dia da escola. Queria contagiar os meus alunos com esse vírus bom! Vivi mais de 20 anos de histórias, arte e poesia! Durante este período fiz muitos cursos para me aprimorar, mas almejava a graduação. Na hora de escolher o curso… Lá estava o coração batendo forte ao decidir pelo curso que sempre sonhei: BIBLIOTECONOMIA! Estudei com afinco. Com a paixão que me é contumaz. Fui aluna aplicada, com boas notas e trabalhos. Dei o meu melhor! 2012. Um convite. Fui ao encontro do meu sonho!

O grande desejo de estar à frente de uma biblioteca foi multiplicado: encontro-me agora acompanhando as 16 Bibliotecas Escolares Municipais! Um novo desafio para a minha vida! Transformá-las em espaços ainda mais atraentes, coloridos e dinâmicos. Muitas coisas ganhamos de presente juntamente com as Bibliotecas. Muitas coisas fizemos neste período: instituímos encontros mensais temáticos para os bibliotecários, estabelecemos parcerias, incentivamos, fazemos junto, inventamos ideias, criamos eventos, divulgamos. Cultivamos os tais “vírus”! Mas muita coisa ainda precisa ser feita. Contudo, o que são dificuldades para quem sonha?

Tenho a Biblioteconomia na cabeça, mente, coração e pele: tatuada para sempre. E uma esperança infinita, de criança inquieta que sonha e que espera plantar sonhos e livros pela cidade! Cilene Alves de Oliveira – professora e bibliotecária da SME – Rio de Janeiro- RJ

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