Após um mês de votação, o Instituto Claro anuncia hoje (8/4) que dos três manifestos apresentados no Diálogos Gigantes – “Ideias que transformam: inovação e tecnologia para um futuro sustentável”, o vencedor foi o manifesto 3 com 68,09% dos votos. Entre as temáticas presentes nele, estão desigualdade, preconceito, educação de qualidade e futuro da juventude.

A iniciativa contou com a participação de 37 jovens e teve o auxílio de uma equipe do Nexialistas – empresa especializada em estimular a elaboração de soluções. O objetivo foi produzir um documento com propostas para problemas que os jovens enfrentam no dia a dia, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Além do texto vencedor, os participantes da ação produziram outros dois, nos quais o público pôde votar por meio do portal do Instituto Claro, onde era possível conhecer as ideias apresentadas na íntegra.

“Ao mostrar esse manifesto para a população, compartilhamos esse sentimento com mais pessoas, criando outros agentes transformadores de suas próprias realidades. É como reacender uma chama no coração de cada um que perdeu a esperança num futuro melhor”, disse a participante da sétima edição do Campus Mobile, Luma Moura.

Para o músico da Ação Social pela Música, Olavo John, que participou de todo o processo, a iniciativa é importante por ouvir os jovens. “Foi fenomenal a experiência de ver o Instituto dar voz para que pudéssemos contar nossas histórias. Espero que cada vez mais tenhamos nosso espaço de fala”, comentou.

Conheça o manifesto vencedor:

https://www.youtube.com/watch?v=h7h71nXqMpY

Por que somos tratados diferentes dos outros?
Por que existem essas barreiras invisíveis?
Por que existem ambientes que não nos aceitam?
Será que tem algo de errado comigo?
Por que não pertencemos?

É a desigualdade que nos afasta!

Hoje, em 2019, ainda enfrentamos problemas e situações que definitivamente não deveríamos enfrentar. Como, por exemplo, um conhecido que foi perguntado, enquanto saia da escola, se ele ia para senzala só porque ele era negro. Ou aquele primo que precisava de uma cirurgia mas que nunca foi atendido.
Esse são exemplos que não deveriam existir. Acreditamos que a saúde e a educação são as mais afetadas pela desigualdade.

E para que possamos mudar a nossa realidade, a participação entra como peça chave. Nós queremos criar perspectivas e que elas sejam ouvidas.
Para que isso aconteça, lutemos para que tenhamos uma educação de base de qualidade, que a escola promova o respeito mútuo, que exista uma comunicação eficaz entre o professores e alunos que gere uma motivação para os jovens, para assim, diminuir, por exemplo, a evasão escolar.

Lutemos para que os alunos tenham o incentivo a atividades extracurriculares – que ocupem museus e universidades –  que façam uso de tecnologias e que tenham transporte e segurança para garantir o futuro da juventude do Brasil.

Além disso, nós acreditamos que a promoção da saúde e bem-estar começa com a melhoria da gestão do SUS, para assim promover o acesso universal à saúde. Nós vamos cobrar o maior engajamento dos órgãos públicos para que essa mudança aconteça e para que promova um atendimento mais rápido, eficiente e humanizado para a população.

E é por isso que, diminuindo a desigualdade, nós vamos melhorar a vida de todas as pessoas. Nós queremos ACABAR com todo isolamento sócio-espacial, de gênero e de raça para criar o Brasil que queremos para o futuro.
Já que a desigualdade nos afasta, lutemos, então, pela participação da juventude em todas as esferas de diálogo da sociedade porque é ela que nos aproxima.

E agora, finalizamos com um pouco de arte, pois a arte nos liberta.

Eu sou a resistência do povo 
Eu sou o pobre que cai e levanta de novo
Eu sou o vira-lata que revira a luz
Eu sou a mãe que chora na fila do SUS
Eu sou a Marielle que ainda tá presente
Eu sou a revolução contra o presidente
Eu sou a educação na evolução 
Eu sou a família pobre que não compra pão
Eu sou o vagabundo que quer o alimento 
Eu sou o medo da facul quando tô dentro,
Eu sou a criação do povo e o Brasil 
Eu sou a dor da Glock e o ronco do fuzil 
Eu sou o brasileiro com a cabeça a mil 
Sou filho da corrupção, mas o que fugiu.

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