Diversão, aprendizado e informação. Esse foi o ponto de partida para que três estudantes da Universidade de São Paulo (USP) criassem o projeto de um jogo que ensina técnicas de programação a alunos do ensino médio. Vencedor na categoria Educação do programa Campus Mobile, o Robosquadrão foi lançado para dispositivos Android e também em uma versão web. Segundo um dos idealizadores, Óliver Becker, o foco do grupo no momento é a universidade, mas eles já pensam no futuro do game. “Vamos terminar a faculdade e continuar na carreira de jogos. Estamos inscrevendo o Robosquadrão em outros concursos para descobrirmos novas oportunidades. Assim, podemos ver o quanto o público se interessa pela ideia e – quem sabe? – atrair a atenção de investidores”, explica.

A origem do Robosquadrão foi durante o encontro de um grupo de desenvolvimento de jogos da USP, o Fellowship of the Games. Na ocasião, Óliver (21), junto com seus colegas Gabriel Nascimento (23), Eleazar Braga (21), criaram o game de robôs que precisam ser programados para cumprirem determinadas tarefas e missões.

Por meio de códigos, o jogador ensina os personagens mecânicos a andarem, combaterem inimigos, resgatarem aliados e outras funções – tudo isso de forma divertida e intuitiva. No total, são nove fases e a cada tarefa realizada o nível de dificuldade aumenta, com novas ferramentas desbloqueadas para que o usuário aprenda outros comandos.

“Nós estávamos com um grupo de amigos desenvolvendo uma ideia e, de repente, pensamos: ‘queremos desenvolver um jogo que ensine algo! Mas, o quê?’ Como estudamos ciência da computação, decidimos que poderíamos ensinar as pessoas a programarem”, afirma Nascimento.

De acordo com os três idealizadores, não é comum que alunos dessa fase escolar tenham contato com esse tipo de tecnologia no ensino formal. A ideia deles era ensinar algo a mais, e de uma forma que fosse atrativa para os jovens. “Acreditamos que o conhecimento na área de computação, por mais básico que seja, é fundamental na formação de qualquer pessoa, por ser uma área muito presente na vida de todos”, comenta Becker.

O percurso foi longo e de muito trabalho. Eleazar conta que desenvolver um projeto como esse requer muita dedicação e esforço. “Nosso maior desafio foi conciliar a graduação com a produção do Robosquadrão”. E completa: “Aprendemos que a organização do tempo foi fundamental para a conclusão da nossa ideia”.

 

Participação no Campus Mobile

O projeto nasceu da vontade dos jovens de participarem do programa Campus Mobile, concurso que incentiva estudantes a criarem soluções para a sociedade por meio da tecnologia. “Ele foi fundamental para o desenvolvimento do nosso projeto. Tivemos contato com tutores, palestras e maratonas de programação. Nós conseguimos aprofundar nossas ideias, melhorar o projeto e ter uma visão mais ampla do problema que queríamos solucionar, que é a falta de contato das pessoas com o desenvolvimento de tecnologia”, lembra Nascimento.

“Nossa expectativa era enorme”, conta Braga. “Estávamos ansiosos para saber como seria a recepção, como seriam os projetos dos outros participantes, quem auxiliaria a nossa jornada e se a gente conseguiria vencer no final.”

A parceria e o contato com outras equipes do programa Campus Mobile também beneficiaram o desenvolvimento do projeto. “A semana presencial nos dá uma experiência enriquecedora, bem como uma ampliação das nossas redes de contato, permitindo visualizar os problemas a partir de pontos de vista diferentes. Além disso, nos traz a possibilidade de futuras parcerias de trabalho”, afirma Becker.

O game também foi selecionado na categoria Estudante da SBGames, maior evento acadêmico da América Latina na área de jogos e entretenimento digital.

Ansiosos pela viagem ao Vale do Silício, na Califórnia (EUA), que acontece em setembro de 2019, os rapazes esperam voltar com mais conhecimento. “Estamos eufóricos! Esperamos conhecer empresas, conversar com pessoas de outro país e nos divertir bastante. Para o Robosquadrão, é mais uma oportunidade de aprender e aprimorar, usando o conhecimento que a gente adquirir lá”, conta Braga.

Para saber mais, acesse o site do Robosquadrão.

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