A Crítica Educativa, revista das áreas de educação e do ensino da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) disponibilizou online o dossiê temático “Movimentos sociais conservadores e educação”. Ao todo, foram publicados oito artigos de pesquisadores nacionais e internacionais que refletem sobre as diferentes manifestações do pensamento conservador sobre as escolas públicas – fenômeno que se intensificou nos últimos anos.

A organização da publicação ficou a cargo dos professores Marcos Francisco Martins (Universidade Federal de São Carlos), Luís Antônio Groppo (Universidade Federal de Alfenas) e Jefferson Rodrigues Barbosa (Universidade Estadual Paulista).

“O atual momento de crise política vivida no Brasil tem colocado em evidência no cenário nacional e internacional uma série de sujeitos sociais coletivos, que atuam na educação e que são identificados ou mesmo autoidentificados, segundo o perfil ideológico, como de direita. ‘Liberais’ e ‘neoliberais’ se enquadram nesta caracterização, como também sujeitos mais radicalizados dentro desse espectro político, como fascistas, reacionários, ‘Nova Direita’ etc. Dada a dificuldade conceitual de nominar tais movimentos, eles foram designados na chamada de trabalhos a este dossiê como ‘liberal-conservadores’ os quais têm investido, de maneiras diferentes, na educação”, explicam os organizadores.

“Eles atuam para desmontar políticas públicas com viés democrático, particularmente no âmbito da educação, bem como para criminalizar os movimentos sociais”, pontuam.

Confira os textos:

Apresentação do dossiê temático “Movimentos sociais conservadores e educação”. Marcos Francisco Martins, Luís Antonio Groppo e Jefferson Rodrigues Barbosa.

Movimentos conservadores no âmbito da educação no Brasil: disputas que marcaram a conjuntura 2014 a 2018. André Luiz Batista da Silva e Maria Antônia de Souza.

Think tanks da nova direita e suas estratégias de cooptação: o caso do programa Imil (Instituto Millenium) na sala de aula. Eduardo Carvalho Ferreira.

Educação, cidadania regressiva e movimentos sociais regressivos: o MBL em questão. Marcos Francisco Martins.

School without party, curriculum ideologies and Pedadogy: deciphering discourses. Thiago Bogossian.

Autonomia dos professores na produção de políticas públicas no Brasil. Bruna Santos Sartori.

Paradigmas nacionalistas e concepções acerca da educação no Brasil: cientificismo, nacionalismo e ciências normativas para a ordem e o progresso. Jefferson Rodrigues Barbosa.

O fascismo italiano: partido político, escola e corporações. Jefferson Carriello Carmo.

Hegemonia e educação: contribuição para a crítica do movimento Escola Sem Partido, a partir de Antonio Gramsci. Renê José Trentin Silveira.

Veja mais:
Documentário online mapeia instâncias conservadoras por trás do Escola Sem Partido
“Projeto Escola Sem Partido tem partido e não assume sua ideologia”, diz filósofo
Livro gratuito analisa Escola Sem Partido e suas consequências para a educação
Como o professor pode agir em caso de perseguição?

Crédito da imagem: Berezko – iStock

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